quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Alegoria da Caverna de Platão






Imaginem a seguinte situação: homens aprisionados em uma caverna, desde a infância, tendo essa uma única entrada para a luz. Na posição em que estão, na semi-escuridão, eles só conseguem enxergar sombras projetadas pela luz que entra por detrás deles. Estas sombras mostram homens carregando objetos de variadas formas. Uns conversam entre si, outros apenas passam. Para estes prisioneiros, nestas condições, esta é a realidade do mundo.
Considerando que um deles fosse solto, sua primeira reação seria de dor, pelos anos de confinamento. Em seguida, ao alcançar o mundo externo, sua visão seria ofuscada pela súbita claridade. Mas, aos poucos ele se fascinaria com a descoberta, tendo dificuldades em julgar qual seria a verdadeira realidade. Com o tempo, ele começaria a se adaptar a essa nova realidade e compreendê-la. Ao lembrar de sua vida anterior, pensaria: - Prefiro viver e sofrer tudo novamente a retornar às ilusões de antes.
Caso este homem, agora consciente, resolvesse retornar à caverna, veria, num primeiro momento, apenas trevas. Mas, mesmo depois, teria dificuldade de distinguir as sombras que lhe eram tão familiares. Seus companheiros lhe diriam que sua ida ao mundo exterior havia arruinado sua percepção da realidade e, por isso, não valia a pena se arriscar numa jornada desconhecida. Se acaso fossem soltos e forçados a sair da caverna, tentariam agarrá-lo e o matariam, por não acreditarem que existisse outra verdade além da que conheciam.
Se considerarmos tudo que vemos sobre a face da terra como a caverna e, a luz que lá incidia como o sol que nos ilumina, podemos considerar que a descoberta de um outro mundo representa uma nova vida para onde as almas se elevam, mas só Deus sabe se ela é verdadeira. Tendo como base esta idéia do bem, que é criadora do mundo e senhora da verdade e da inteligência, precisamos nela crer para sermos sensatos na vida.

Nenhum comentário: